sábado, 25 de outubro de 2025

Salgado, Azedo e Amargo

Atrás de cada porta - tijolos

Além de cada armadilha - a presa

Não tem graça essa piada

Que não pedi que contassem...


O ser humano é uma balela

A boa intenção é uma farsa

Não quis proferir maldições

Mas elas se tornam necessárias...


Na beira do mar - há perigo

E debaixo do sol - também se morre

Se alguém pediu pra nascer

Esse alguém acho que não fui eu...


Cada rosto é só uma máscara

Mudam apenas os carnavais

Cada folha terá um dia a queda

Mas nenhuma gosta de cair...


Pulando o muro - surpresa ou não

O que não sabemos - douta idiotia

Cada pergunta dorme sem resposta

E cada enigma é tão esquizofrenia...


Hoje é salgado, azedo ou amargo

O doce ainda está em falta...


(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nem Todo Delírio Delira

Nem todo delírio delira. Assim como nem tudo que parece ser normalidade é... O tempo não acaba com nada, sob as camadas sucessivas de sujeir...