sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Morreu? Lá Ele!

Aqui pó de pirlimpimpim é que nem capim...

Churrasco seu moço é pra quem tem pé grosso.

Eu queria fazer uma novela só com banguela.

Abestado! Fica de banda e pula de lado.

Quase perdi a tripa numa surra de ripa.

Pois esse meleca me custou uma merreca.

Cada vez que eu engulo um eu faço pum.

Socorro! Se eu beber água eu quase morro.

Fui no cassino e acabei ganhando um pepino.

Me joguei do Ipiranga por meia pitanga.

O cara bateu as botas e foi sem as notas.

Engraçado? É o peixe-galo ser enganado.

Marimba agora só dorme na sua tarimba.

Meio pão e meio guaraná dá pra respirar.

Um copo de blood já dá pra fazer o grude.

Fui lá em Piratininga fazer uma mandiga.

Toda vez que ela perde um dedo acorda cedo.

Todo amarelo que vem do sul e acaba azul.

Minha amante só toma banho no hidrante.

Se o pirão é pouco eu fico é mais louco.

Fui na Serrinha comprar um quilo de farinha.

Eu tenho um fetiche? Sorvete com sanduíche.

Namorei a mãe e casei com a filha sou da família.

Troquei minha bicicleta por uma nuvem concreta.

Agora eu espero quase nada até cair da escada.

Olha direto no espelho que amanhã dá coelho.

Maxixe com jiló é desde o tempo da minha avó.

Pois saudade não tem nem sequer uma cidade.

É geleia de morango pra poder dançar tango.

Um-dois-três só mais um tirinho na cara do burguês.

Vamos lá minha gente! Quem não come tem dente.

Em todo lirismo tem um gesto mais de cinismo.

Quero um doce de calabresa para minha sobrenesa.

Mamão com carne de rato é bem mais barato.

O cara bebia só um pouquim e agora come capim...


(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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