segunda-feira, 13 de outubro de 2025

A Priori ou Da Invisibilidade da Morte

Mesmo quando a vítima é o alvo

Ainda assim não o é -

Há sempre um pouco de esperança...


Morte invisível que tentamos enganar...


Até a rosa que durará bem pouco

Tenta sorrir entre espinhos -

Pensa que o jardim é sua propriedade...


Nenhuma máscara é suficiente o bastante...


O pássaro canta sempre dia após dia

Desconhecendo o real perigo -

Aí vem o menino malvado com atiradeira...


Nenhuma exclamação detém a interrogação...


Ontem o mar estava calma até em demasia

E agora aconteceu o inusitado -

Ele foi arrancar alguns pedras lá do cais...


O que era sagrado agora é o mais profano...


O bem e o mal estão pulando amarelinha 

Enquanto a vida vai nos batendo -

E a morte vem fazer seu trabalho incansável...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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