Nem todo Zé é igual, isso está mais que provado e comprovado. Alguns foram grandes figuras, possuem seus nomes escritos nos livros de história, outros, menos famosos, ainda assim estão na memória de alguém que conviveu com eles. O Zé que eu vou falar, pelo menos, tem seu nome lembrado pela quantidade de filhos que fez e olhe lá. Não sabia ler e nem escrever, não era honesto, não gostava de trabalhar. Não gostava de banho! Um dos seus muitos apelidos era Zé Cascão (muito merecido). Era bonito pelo menos? Isso nunca foi. Até se vestir, se vestia muito mal e andava de um jeito que deu jus para um outro apelido - Dez pras Duas. Falava bem? Se falar "goraná" ao invés de guaraná, então falava... Mas que tinha sorte de vem em quando, isso tinha. Certa vez foi na favela comprar maconha e colocou muita dentro de uma lata de tinta. Estava tendo uma incursão policial. Zé passou, cumprimentou os policiais e estes nem pediram para revistar ele nem nada. Quem ia acreditar que um maluco daqueles, um pobre coitado estava com uma carga daquelas? Pois bem, esse era o Zé. Teve centenas de erros como qualquer ser humano, mas ele caprichou. Teve milhares! Até o dia que mudou de casa e foi morar no cemitério... Mas isso é coisa pra muitas vezes.
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sábado, 15 de novembro de 2025
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