terça-feira, 11 de novembro de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 358 *

Sim, este é poeta, poeta de saudade,

Nascido no frio de agosto, noite de tempestade,

Sonhador de sonhos todos impossíveis,

De planos tão bons, todos planos falíveis,

Quem dele terá piedade?

Sim, este é poeta, poeta de saudade...


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São muros caídos, casas modificadas. A dor que o próprio ar vai sentindo mesmo que não diga nada. Silêncio. Meus sonhos agora dormem, não querem ser perturbados. Silêncio. Os segundos avançam, nada pode deter os relógios. São portas fechadas, janelas encerradas. Apenas consigo escutar as batidas do meu coração...


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Lembro-me vagamente da cena e posso ser perdoado pelo tempo tão grande que ela se passou. Eu não queria, juro que não queria escrever poema algum. Saí em silêncio daquela sala e vocês, versos, me perseguem até os dias de hoje...


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Ouço o barulho das máquinas. Máquinas indiferentes que acabam compondo o dia. Disputam o lugar com os sons da natureza. Mesmo em locais quase pequenos eis aí os metais. Passa algum carro nesta minha rua tranquila. Motocicletas também. Disputam o som de alguns cães de rua e gatos da vizinhança. Imagino outras tantas nas ruas mais distantes da capital. E meu coração chora sem explicações...


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Os olhos do felino

Olham fixos para a presa

Que inocentemente continua

Com o seu suave canto...

Morrerá? 

Talvez sim 

Talvez não...

E o gato pula no vazio

Enquanto o pássaro voa

Para sua casa nos céus...


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Eu não queria falar e nem quero sobre estes tempos mais antigos. Todos eles já mortos, bem sepultados ou não. Todo riso ou choro com prazo de validade, isso pouco importa. Em cada dia um poeta cala seus versos, mas os que fez continuarão ecoando por toda eternidade e assim também os pequenos gestos, os que foram vistos ou não. E eu não queria falar e nem quero e nem vou querer sobre estes tempos mais modernos...


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Não sei, não saberemos

Cada próximo verso é enigma

Palavras que foram tiradas

De um velho caderno já inexistente

O rosto perdeu-se nalgum espelho

Onde estará agora o menino?

Não sei, não saberemos...

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