quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 359 *

A mais bela das canções - o silêncio...

A melhor das companhias - a solidão...

Uma moto passa na rua de madrugada...

Mas afinal de contas quem será?

Nenhum pássaro noturno se manifesta...

Deve ser o frio desta noite quase absoluta

Em que até os medos foram dormir...


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Todos os meus sonhos são estranhos

Vão do nada para lugar nenhum

E simplesmente - acabam...

Nos sonhos eu acho que sei que são

Mas acabo fingindo que não sei

Isso faz parte da minha parte...

Ah! A vida é uma festa!

Só esqueceram de me convidar...


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Oia eu aqui de novo

Imperfeito como sempre

Mal-humorado

Nem bom e nem mau

Na corda bamba

De todos os sonhos

Ora insatisfeitos...


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Passarim não cantou

Virou fumaça

(Mais pressa ainda)

Pra alçar o céu

Com nuvem or não

Passarim não cantou

Hoje choveu...


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Papai comprou uma rifa e ganhou

Era a rifa de uma bolsa feia e desajeitada

Mas ele deu a bolsa pra minha mãe

Minha mãe ficou sem jeito de não usar e usou

Até que perguntou pra mim se tava feia

(Hoje entendo que ela queria a verdade)

E eu todo sem jeito querendo agradar:

Tá linda, mamãe! Tá linda...


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Qual é o teu nome? ...

Não, esse não! Esse é o profissional,

O de guerra ou sei lá qual...

Geralmente esses são bonitos

(Em sua maioria, claro)...

Eu quero saber aquele outro,

O outro que quando a professora

Fazia a chamada na escola

Você levantava esse dedinho lindo

E dizia: Presente!...


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Ainda tem gente que diz 

Que não sou tão velho assim...

Pois sou do tempo da televisão

Que tinha tubão pesado

Caixa toda de madeira

Destaque no meio da sala

E que levava uma eternidade

Pra aparecer a imagem 

Todinha em preto-e-branco

Na hora do Vila Sésamo...

Ainda tem gente que diz

Que não tou tão velho assim...

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