Esperei em não esperar mais nada
Quando muito alguns gatos-pingados
Talvez que venham para o nosso jantar...
Regras algumas daqui e outras de lá
Meu coração apertado tal não-sei-quê
Como um final de novela fracassada...
Talvez o tênis velho seja aproveitado
Para algum caminho inusitado surgindo
Entre a fumaça do que nem incendiei...
Mares-de-rosa também possuem espinhos
E talvez a bebida gelada possa cair no chão
No exato momento que faríamos o brinde...
O costume deixou um pouco mal-acostumado
Ao menino que gostava de brincar na areia
De uma praia que agora nem pode mais ver...
Tragam-me aquele me resto de sono de volta
Pois todas as mágoas acabam se misturando
Enquanto todos os dezembros querem morrer...
Fulano e sicrano e beltrano fazem a ciranda
E mesmo não sabendo quais são os seus nomes
Pedimos licença para também poder brincar...
A velha louça de família está agora quebrada
O velho camafeu de ouro agora já enferrujou
E eu acabei me cortando sem ter uma lâmina...
Tudo agora se transformou numa fila única
Onde minhas palavras e meus gestos nada valem
Sendo que os riscos porque passei falharam e...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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