Todo tempo, tempo nenhum...
Vamos correr apressados
Para algum ponto de nós mesmos
Antes que os espelhos nos devorem
E as sobras sejam jogadas fora...
Todo tempo, tempo nenhum...
Uma sobra do ourives sumiu
E para nosso mais calmo desespero
A culpa sempre será a nossa
E de mais ninguém por isso...
Todo tempo, tempo nenhum...
Uma canção já é o bastante
Para a voz que há nesta garganta
Assim como todos os rios
Possuem uma mesma água só...
Todo tempo, tempo nenhum...
Um vento apenas e suas notícias
Algumas boas e outras nem tanto
Ele é como fosse um carteiro
E traz o que lhe mandaram trazer...
Todo tempo, tempo nenhum...
Um tempo, tempo nenhum...
(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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