segunda-feira, 17 de março de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 337

 

Estar etilizado com tanta estrela

Eis a minha mais solene meta...

Percorrer os quatro cantos do mundo

Pode ser até uma tarefa legal...

Usar todas as cores possíveis

Para surgirem novos e bons tempos...


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Talvez aquele teus cabelos

Tivessem as ondas feito mar

E meus olhos fossem estrelas

Mais fáceis de enganar

E todos os riscos e medos

Apenas risos para se dar


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- Meu caso é grave, doutor?

- Lamento lhe informar que sim...

- E a há cura, doutor?

- Talvez sim, talvez não...

- Por que, doutor?

- Porque até hoje não foi encontrada

Nenhuma cura definitiva para a paixão...


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Os doces agora estão amargos.

As formigas serão meus coveiros.

Não tive culpa se a culpa foi minha.

Não acompanho mais as estrelas.

Nem sigo cometas para ter esperanças.

Meu sonho é a roupa velha que não lavei...


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Eu não quero saber o nome dela

(Sinceramente, não quero saber)

Que seja qual um poemeto sem título...


Nem quero saber se o açúcar mata

(Pior acordar com a boca amargando)

Há maiores preocupações na vida...


Deixe que eu segure a ternura restante

(Vale o sacrifício de meus últimos dentes)

Antes que ela voe como pássaro sem gaiola...


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Qual era a graça que tinha a Graça?

Olhos bem debochados e tranças no cabelo...

Curvas inatingíveis em muitos tesões...

Risos intermináveis entre velhos corredores...

Uma ave que voava sem precisar de céus...

Um deboche que a mocidade sempre perdoa...

Qual era a graça que tinha a Graça?

A graça da Graça era a própria Graça...


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O desespero dos olhos era os próprios olhos...

O medo dos olhos era os próprios olhos...

A escuridão dos olhos também era os olhos...

Prometo solenemente que não voarei mais pelas manhãs...

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