domingo, 12 de maio de 2019

Uma Canção de Sono e de Morte

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Talvez aconteça o inesperado
que foi esperado há tanto tempo...
A certeza correu para bem longe
com a desculpa de ver outros lugares...
Assim como se confundem várias coisas
boas ou más nem mesmo o sabemos...
Cada dia é um dilema novo e estranho
perguntas foram feitas para não responder...
Por isto e não por outro motivo qualquer
sustos fazem parte desse quebra-cabeças...
Amemos enquanto ainda há tempo
mesmo quando forem impossíveis amores...
Tenhamos toda a calma do mundo
mesmo com o abismo à nossa frente...
Nem sempre enxergamos nossas asas
mas elas estão sempre no mesmo lugar...
Tenha sempre muito cuidado com seus olhos
nem sempre eles podem indicar o caminho...
Você não possui escolha e nem eu também
sermos o que somos é o que nos resta...
A fumaça sobe aos poucos e aos poucos
vai pintando sonoras telas que agradam...
O ontem pode ser agora um desconhecido
mas o amanhã pode ser bem mais que isso...
Só o hoje nos interessa de verdade
mas cada segundo adiante é um susto à mais...
Se pudesse escolher entre tantas opções
levaria uma eternidade até decidi-lo...
Há muitos rostos que desapareceram
e como queria poder vê-los novamente...
Cada escolha é apenas mais uma escolha
não adianta arrependimento em tempo algum...
Suave vem o nosso sono aos poucos
mas sua pressa de passar nos pesa muito...
Não podemos deixar de repetir frases de dor
apesar delas serem apenas clichês baratos...
Palavras comuns dizem mais e muito mais
que discursos prontos guardados na gaveta...
Eu queria ser muitas coisas que não fui
mas acabei escolhendo o que sou sem querer...
Desculpem-me se erro até no que penso
mas o sono e a morte não escolhem lugar...

(Extraído do livro "Uma Canção e Outra" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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