domingo, 21 de janeiro de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 247


Escutando Chico...

Onde estão as palavras

Que me foram roubadas...

Falta zelo e falta jeito

Eu não sei andar

Nem de bicicleta

E tenho medo de cair de moto...

Acabo bebendo demais

Mesmo quando não bebo...

Escutando Chico...


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O trovão me acordou...

Estariam caindo os céus

Ou foi apenas mais um susto...

O medo também tem medo

E hora dessas sai correndo..


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Todo prazer é complicado

É esperado, mas acaba partindo

Todo prazer é inacabado

Uma piada sem graça, estamos rindo

É um verso mal estruturado

Uma ferida que estamos bulindo


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Todas as anomalias

O que é diferente

Tão igual

Meus olhos me traem

Minha mente me confunde

Somos uma fragilidade

Que um menino malvado

Quer quebrar...


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É amargo

é um encargo

carregar palavras

tão escravas

grandes lavras

de um demente

tão-somente

meio diferente...


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Um sol invadiu-me os olhos

Como quem fica cego

E não enxerga seu tombo...

A janela foi esquecida aberta

E o invasor fez sua tarefa

Obrigando-me ao dia...

Quantas vezes sentirei medo

Antes que venha a grande noite

E possa eu dormir em paz?...


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Um ator é um arqueiro

Seus gestos são como flechas

E a plateia não pode escapar...

O palhaço é um cantor

Cujo canto manipula emoções

Até que o riso quase nos mate...

O poeta... o poeta...

O poeta há de se tornar um deus

Que devora as palavras...


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