segunda-feira, 27 de março de 2023

Aceso

 


Mesmo no ocaso

quando uma morbidez pálida

nos atinge

e somos indiferentes

aos símbolos apagados nas paredes

o nosso paganismo brilha...


Pirilampos, estrelas em folhas,

rosas com certa timidez...

Dama sem camélias,

vento parado...


Mesmo na solitude

quando um dilema atroz

nos persegue

e somos invisíveis

aos modismos apegados às solidões

o nosso bailado ensandece...


Colibris, cidadãos de jardins,

margaridas de prata...

Comédia sem riso,

velha fantasia...


Mesmo na indecisão

quando dias mórbidos surgem

nos afetam

e somos paródias

dessa nossa mesma ilusão

o nosso esquecimento triunfa...


Celacantos, silêncio absoluto,

comédias sem graça...

Batidas cardíacas,

a dívida só aumenta...

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