sábado, 21 de janeiro de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 221

Melhor assim

Sair sapateando 

E dando berros de alegria

Sem motivo algum...

Acordar todos desta triste cidade

Que está de cara feia...

Dar bom dia para desconhecidos...

Se acharem que estou maluco

Estou sim e daí?

Mais tarde vem uma estrela

Pra me buscar...


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Não toquem em feridas antigas

Elas querem dormir agora

Atormentaram a noite

De quem as possuía...

Não sintam certas saudades

Elas podem nos atacar

E o coração pode ser fraco

Para suportar tanta coisa...


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Versos e borboletas

Minha alma acaba se confundindo

Não tenho culpa disso

Os versos voam pelos jardins

Causando esse tipo de confusão...


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Um pé de pau

Me pede sal

Me pede vento

Um pé de vento

Não entendo

Me rendo

O que a vida fez de mim?


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Cubro-me de cinzas como alguém de luto

Não há algum morto meu para prantear

As cinzas não são de alguma fogueira

Que no meio da noite se colocou a apagar...


As cinzas são minhas

Não fui cremado

Mas estou mais 

Que nuvens caladas

Que logo desabarão...


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Como desesperado, meu povo anda sem direção. Não há o que comer, quem tem prefere alheia desgraça. Nunca fomos tão apáticos. Como zumbis, a massa repete as mesmas fórmulas. Pensar é muito perigoso nestes dias. Os idiotas são bem-vindos. Como expulsos, desconhecemos se existe um verdadeiro paraíso. Falaremos de uma felicidade sem gosto que se esvai bum sopro. A morte apenas cumpre seu papel. Como desesperado, eu como...


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Deus-dinheiro de palavras poucas

Que enche apenas algumas bocas

Que seca quando quer algum choro

Que gosta de trazer mau-agouro

O teu barulho me perturba a paz

O tilintar da moeda, teu capataz

A tua mortalha cobrindo o mundo

A tua bomba que dura um segundo

Deus-dinheiro de muitos nomes

Parceiro, amante de muitas fomes...


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