quarta-feira, 28 de abril de 2021

Até Quando, Até Vez

 

Até quando? Até que vez. Você nem sabe o que fez. Sonhou com sonhos mais normais. Com sucessos. E processos pelas capitais. Quem não vê o progresso. Num tal retrocesso. Estados gerais. É a rês. É a fez. Na cabeça dos generais. Até quando o comando não comanda mais. É a ciranda. E viva a banda. A Umbanda. A guirlanda com seus florais. Os florais de Bach. Os baques. Os saques. Mais normais. Estridentes tridentes doentes sensacionais. Dementes temperamentais. Viva as mentes. As gentes. Os elementais. É o nevoeiro. Perdi meu janeiro. Nem fui o primeiro. Lá nos meus quintais. E a dor que eu tive. No peito ainda vive. Mas eu ainda sou livre. Ainda sou bem mais. Bem mais que o certo. Meu peito aberto. Lá onde é deserto. É aqui bem perto. Não somos normais. São apenas as penas de frases loucas. Um beijo na boca. Foi lá bem atrás. Atrás do jardim. Coitado de mim. Não é bem assim. Chegou o meu fim. É tudo regalo. É a tudo encantá-lo. Num simples estalo. Mas que esqualo. Perigo na água. Castigo nas águas. Nas águas sem céu. Que pouco. É um louco. Veja lá coronel. Se eu não tenho razão. De estar tão tristão. Como fim de domingo. O zen do flamingo. Não dá pra esperar. O almoço tá posto. Estou bem disposto. É hora do jantar. Eu já tive a ideia. Lá na plateia. Nasceu a azaleia. É uma geleia. Mais que geral. É carnaval. É bacanal. É festival. É a tumba. É a rumba. Abalando geral. É necessário. Prioritário. O sanitário. O inventário. Viva a prata. Viva a mata. O carinho maltrata. Vida ingrata. Eu chuto lata. É mano é mana. Fim de semana. Vê se me engana. E me profana. O caldo de cana. Caixa de areia. A vida alheia. Minha sereia. É a única canção.  Que sei tocar no violão. Hoje fiz serão. Fiquei acordado. Fiquei admirado. Nem olhei pro lado. Mas quando olhei já era tarde. Sou medroso e covarde. A fogueira arde. A maneira bacana. A balada cigana. É tanta saudade. Eu encho um balde. Sou sem maldade...


(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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