segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Nem Me Dê Flores

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Não quero amores. Nem me dê flores. Quando muito uma pétala só. Não sou egoísta. É melhor viver e não dar pista. Porque vindas. São tão lindas. E anunciadas. Mas idas. São só subidas. E inesperadas. Não quero flores. Estão todas mortas. E não hei de bater em outras portas. E nem hei de perguntar por outras caras. Nem simples nem raras. Deixem que outros peguem. Outros que perseguem. Viver às vezes é como fumar um cigarro. Ou bater o carro. Ou baterem a carteira. Tudo é normal. À sua maneira. Abalou geral. Daqui à cem anos descobrirão. O que hoje matou. Ou castigou. Meu coração. É hora. É vez. É agora. Ou no fim do mês. Talvez tenha demora. Ou talvez tenha talvez. Eu não ligo. Meu amigo. Passou o tempo que eu ligava. Cada peça em seu lugar. E ao meu jeito de amar. Eu também amava. Eu ainda sou testado cada dia. Pelo bem da alegria. Que ontem eu implorava. E se hoje não porem a mesa. Tenha certeza. Não me importava. São todas flores. Em lindos vasos. Já foram meus. Resta o adeus. Meus lindos casos. Houveram fugas. E hoje há rugas. Talvez atrasos. O trem que chega é que partiu. O que parte há de chegar. Alguns ninguém viu. Outros ainda não vão olhar. E se a palavra repete. A cena também repetirá. Apenas isso me compete. Sofrer e chorar. Não quero cores. Nem me dê flores. Finja que não. Olhe outro lado. Virá outra estação. Está tudo acabado...

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