domingo, 21 de setembro de 2025

Carliniana XCVIII ( Como Uma Espera Inesperada )

Não saberemos o dia seguinte -

- Ou é festa ou é luto -

O carro cairá na ribanceira -

- Não sobreviveremos -

Haverão sinais de fumaça -

- Pode ter sido um incêndio...


Uma espada corta o ar

Com sua lâmina de papel

O barulho desses gritos

É cantoria sem ter fé

Haverá um litígio novo

É um deus que vira a cara...


As nádegas estão tão fartas -

- Apenas disciplina - 

Teias de aranha ou designers -

- Nunca saberemos -

Velho remanso de teclado -

- E não era nem piano...


Foi um batuque na cozinha

Se Pedro Pedreiro dorme

É de queimar os miolos

Burocracia de algoritmos

Pois quem sabe ser feliz

Jogou fora a chave...


- Monte de lixo artístico -

- Novos ventos incolores -

Absinto para abstêmios -

- Qualquer parada encanta -

Os cavaleiros de motores -

- O surdo escuta melhor...


O papagaio de gravata

As dores de toda calúnia

O dicionário impalavrado

A cigana leu meu pé

Faltando água no mar

Os peixes não voarão...


O famoso foi vaiado -

- Era mais um lance -

O inferno é um resort -

- Mona Lisa estremeceu -

Cuscuz feito na China -

- Com fiambre vegano...


O domingo é um sábado

Que entendeu a piada...

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