quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Sem Música

Eis os meus olhos encegueirados

Por aquele amor que nunca terei...

Os dias são como rios passados...

Para onde? Não sei... Não sei...


Eis o meu quarto, inútil solidão

Ferida ardida que eu não curei...

Pedaço de sim e pedaço de não...

Qual deles? Não sei... Não sei...


Eu fecho a boca, calo a garganta

Mas foi pela alma que eu grite...

Nem mesmo a morte me espanta...

O que dá medo? Não sei... Não sei...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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