terça-feira, 23 de maio de 2023

Os Farfalhar das Asas Delas

As asas delas tem um quê quase místico

(Perdoadas sejam minhas blasfêmias)

Com sua nudez irmã da escuridão

Os seus jardins se chamam ruas

(Berços ou covas de bêbados e malandros)

Onde todos os vícios são lícitos

Cada uma numa história triste ou vulgar

(Mas qual história que não é?)

Só a ternura nos redime dos pecados

E os poetas inda passeiam feito anjos...



(Extraído do livro "Manual Prático de Poesia Absurda para Desesperados" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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