terça-feira, 13 de julho de 2021

Alguns Poemetos Sem Nome N° 105

Garrafas vazias

em todos os cantos

sem os encantos

as manhãs são frias...

E estaticamente

tudo é diferente

Quem diria?


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Rosa rosa sem encanto

O riso morreu afogado

O azul de uns olhos

Me enlouqueceu

E um cheiro que não identifico

Acaba invadindo o ar


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Eu sou poeta, senhor,

só tenho palavras

intangíveis sonhos

um à um

qual fumaça de cigarro

Eu sou poeta, senhor

só tenho choro

inúteis desejos

um à um

qual água de muitos rios

Eu sou poeta, senhor

quase um morto...


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... eu me perdoo

de ter me perdido

em esquinas vazias

E era quase madrugada

... eu sou a sombra

eu sou a quase sombra

de simples alguns dias

E minhas mãos vazias

... um simples beijo

e a morte perguntando por mim...


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Esqueci de esquecer

de algum absurdo mais sensato

Fiz perguntas ilógicas

que acabaram tendo respostas

Interrompi esse meu canto

para escutar o aéreo silêncio

Eram montanhas tão longe...

Quando caí os joelhos ralados

nada mais significavam

Eu acabo debochando de mim mesmo...


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Se surpreenda quando assim quiser

eu sou apenas um guardador de impressões

sejam elas de notícias de alguma vinda

ou o término de educados epitáfios

joguei a mágoa para o lixeiro levar

e o ressentimento perdi entre as tralhas

eu me enganei com antigos rabiscos

inlembráveis de uma certa forma...


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A poeira suja meus dedos

e mesmo assim eu a olho 

com uma certa ternura

tudo acabou acabando

e mesmo que um toque

de alguma eternidade

ainda tenha sonoras notas

eu não sei mais o que dizer

e isso pode ser bom ou ruim...


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Tudo parece até mais fácil

quando o desespero toma conta

e os tiros atingem seu alvo

Eu gritei ao meio-dia

e não tinha mais ninguém

O cavaleiro tirou a espada 

da bainha e apeou do cavalo

A pluma de seu chapéu

acabou desenhando

a beleza que não existia...


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