quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Alguns Poemetos Sem Nome Número 58

Resultado de imagem para menino com cara de mau
Um delírio, apenas mais um,
tudo pode acabar como a festa,
e agora? o que nos sobrou?
Nada, pois agora nada resta...

Talvez alguma lembrança,
dias escuros são assim lembrados,
tudo que é doce, o que é amargo,
pois todos os gostos foram provados...

Um engano, apenas mais um,
podemos esquecer, nada nos resta,
e agora? o que nos sobrou?
Apenas as sobras de uma velha festa...

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Toda cor não é nenhuma,
a beleza não escolhe nome...
Toda aparência engana,
a maldade tem um certo charme...
Os grandes abismos,
geralmente são atraentes...
A morte sempre fica
com aquilo que alcançamos...
Toda palavra é veloz
e cada ideia é lenta demais...
Todo preconceito
é um diploma de idiotice...

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Se eu pudesse dançava com você
até não poder mais
até mesmo cair no chão
Se eu pudesse ia pela estrada
até que poeira e sangue
fossem os meus sapatos
Se eu pudesse rodava o tempo
e faria finalmente tudo aquilo
que um dia deixei de fazer
Se eu pudesse quebrava as regras
e lhe mostraria o tamanho certo
desse meu miserável amor
Se eu pudesse rasgava o dia 
e com cada um deles faria
uma nova poesia ou canção
Se eu pudesse dormia o dia todo
tentando sonhar que tudo
está certo no seu devido lugar
Se eu pudesse dançava com você
até não poder mais
até mesmo cair no chão...

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Todo mundo carrega sua loucura consigo, por onde vá, por onde tente se esconder. Todos nós transportamos nossas fraquezas nas costas, é o que pesa e atrapalha nosso caminho. A vaidade é comum à todos, independente do nível que ela exista. O amor tem um quê de perversão chamado ciúme, isso pode ser perigoso dependendo da dose. Toda conta pode dar resultado certo ou não, dependendo do referencial que temos. A humanidade de algo ou de alguém é indício para que algo errado possa acontecer. Pequenos sonhos são remédios, grandes sonhos são venenos ou instrumentos de tortura. 

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Talvez eu seja, 
talvez não seja não,
talvez eu seja apenas solitário
ou até a própria solidão

Talvez eu seja,
talvez não seja não,
talvez eu seja a madrugada
ou sou a própria escuridão

Talvez eu seja,
talvez não seja não,
talvez eu seja a loucura
ou a própria perda da razão

Talvez eu seja,
talvez não seja não,
talvez eu seja mais um
ou até a própria multidão

Talvez eu seja,
talvez não seja não...

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Um sol rasgava o céu num janeiro qualquer, um céu de poucas nuvens e muitos vapores, um céu de poucos pássaros e muitas moscas. Impiedoso e ao mesmo tempo não. Sereno como a gladiador que sua noite chegará. Abstrato como as telas sobre o sertão. Inaudível com todos os barulhos que lhe cercam. Reflexão máxima de um mar sempre vivo e ao mesmo tempo não. Eu leio e releio velhas páginas e assim caminho.

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Meus olhos
um mar apagado
há muito tempo
meus olhos
um caminho desfeito
há mais tempo ainda
meus olhos
um lago
onde a escuridão mora
meus olhos
um dia fecharão 
para tudo...

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