domingo, 15 de abril de 2018

Desespero Em Moda

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São dias intranquilos estes. Sem terras para andar. Nem céus para voar. E eu não sou nada diferente das outras pessoas. Dores são parecidas e sonhos também...
Como vão as coisas? Como vai tudo? As figuras não mentem jamais. Os versos mais tristes acabaram de chegar sem aviso algum. E o fato de sermos humanos nos faz chorar...
As ruas agora representam qualquer perigo. E as recordações de tempos não tão bons nos mostram a língua. Elas debocham de nós. Nada compreendemos e a perplexidade acabou chegando e sentou no sofá da sala sem a menor das cerimônias...
O circo continua. As feras agora fazem hora extra. O cinismo continua sua carreira de galã. Nunca fomos tão atingidos por tantos projéteis de uma vez. Os malvados estão caprichando em suas maldades. E o ilógico não se cansa de nos perguntar a mesma coisa...
Cada notícia é uma abismo e abismos gostam de que fazem. O grande teatro agora faz sessões extras. E os céus cada vez mais se escurecem com a morte vinda por atacado. É a ganância de quem enche seu prato e não irá comê-lo...
Morrer nunca foi tão fácil. Num estalar de dedos as preocupações fazem fila em nossa porta. A culpa é das novas invenções que enchem os bolsos e acabam caindo no chão...
Até quando iremos chorar pelos cantos? Engoliremos muitas pílulas douradas que só nos causam mal?  Quanto tempo mais nossas mãos tremerão enquanto nossos pés cambaleiam para a queda iminente? 
Esqueçamos um pouco os novos ídolos que mal disfarçam sua burrice com palavras complicadas. O tempo da simplicidade traz saudades. Eu já me cansei de ficar aqui num canto sentado...

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