sábado, 17 de outubro de 2015

Um Dia Qualquer

Da boca sai uma canção sem ter canção
Não é bem canção é apenas um respirar
Porque o peito há muito perdeu a noção
Das muitas coisas que fazem o seu cantar

Nos olhos vai se formando uma imagem
Uma imagem sem cor alguma e nada bonita
É o que temos pra hoje esta é a paisagem
Que pode se formar em nossa alma aflita

Nas narinas vai entrando um cheiro estranho
É cheiro de flores mas todas elas estão mortas
E este cheiro vai sufocando com seu tamanho
Me oprime com lembranças de paredes tortas

É um dia qualquer um dia pequeno um dia triste
Como tantos outros que hão de vir hão de passar
E de tudo aquilo que passou ou que ainda existe

Só me restou aquilo que eu não queria – chorar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Céu para Os Cães (Miniconto)

Deve existir um céu para os cães. Para os homens, isso eu não sei. Poucos merecem isso, então por que fazer um espaço tão grande pra tão pou...