sexta-feira, 15 de junho de 2012

Quadros, Muitos Quadros


Quadros, muitos quadros.
Inumeráveis telas.
Quantas puderem.
Ou feias, ou belas.
Sejam elas verdadeiras,
Sejam elas novelas.
Sejam apenas borrões
Ou suaves aquarelas.
Quando o mocinho atira,
Quando a mocinha apela.
Quando a vida dispara
E a morte protela.

Quadros, muitos quadros.
Suficientes demais.
Muitos futuros destinos.
Ou que ficaram lá trás.
Eram canções de guerra?
Ou eram bandeiras de paz?
Podiam ser novos mundos.
Ou os mesmos quintais.
Quando o sonho termina.
Quando o desejo quer mais.
Quando as mãos nada fazem
Mas o olhar tudo faz.

Quadros, muitos quadros.
Mais séria das piadas.
Muitas coisas pra sonhar.
E mais nadas.
Eu tinha medo, eu tinha medo.
E eram só escadas.
Eram só riso.
Das minhas inconscientes palhaçadas.
E eram outras, eram outras.
As mesmas caras pintadas.
Quando o show se acaba.
E as cortinas cerradas.

Quadros, muitos quadros...

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